segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Querida Joana

Que bom 30 anos, era a idade da tia quando te conheceu, na altura "15 aninhos", miúda gira, como o tempo passa, mas continuas a Joaninha de sempre.

Sempre te admirei e te achei uma mulher com garra, sabes como diz a tua mãe é "Virgem como tu", houve empatia.

Minha filha desejo-te as maiores felicidades, tu mereces.

Podes sempre contar com a tia Amparo.

Um beijo muito grande de parabéns da Tia Amparo, tio Teca, Miguel e Carminho.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Drummond!

Isto de escrever sobre pessoas que nos dizem tanto, é muito complicado… mas sem dúvida que até hoje sempre foste a minha "amiga Drummond". És daquelas pessoas que mesmo quando estamos afastados, porque a vida é mesmo assim, sabemos que estás lá…

Falar sobre ti é mais simples se recordar histórias e momentos que já passamos juntos:

Maria Amália: período louco na nossa adolescência, festas do Maria, sessões de estudo em que eu estudava 10 páginas para as cadeiras de Publicidade e tu agarrada a dezenas de livros de Direito que tinham tantas páginas com "centenas" dos famosos papelinhos amarelos… aliás, continuo a achar que foste a melhor cliente de sempre da Post-it!

Espadinha? cartadas em cima de cartadas… horas, dias e noites a derreter cérebro para fazer a melhor aposta possível e levar os outros ao buraco… lembras-te? Deves estar a rir-te só de pensar nas noitadas loucas de espadinha! Parecíamos uns tontinhos…

Os namorados da Joana: "O que achaste dele, porreiro não é?" Esta era a frase que se seguia a uma apresentação de um novo namorado… o paulinho lá ia fazer de pápá e de irmão… escusado será dizer que nunca seguiste muito os meus conselhos… apesar de concordares sempre comigo… estás a rir-te novamente? É verdade não é? Se calhar fizeste bem, sempre fui protector e cauteloso e tu a louca de sempre…

Sagres: bem, sobre este tema posso dizer que se nunca viram o que lá se passa durante o verão, não vale a pena contar… provavelmente, ninguém iria acreditar… mas vejam estas fotos… que mostram pelo menos a confusão e animação daquelas noites.

Temos as quedas da Dra. Drummond e sempre muita FIESTA! Claro…





As viagens: Barcelona, Norte de Espanha, meu deus… que massacre… 6.000 km em 11 dias no ROVITÊ! 11 dias a pão e manteiga, porque não podíamos gastar muito dinheiro, os rebolões em Santander (ainda hoje se fala da Juanita de Portugal que subiu a uma estátua para ir buscar um chinelo e caiu… ups, mais uma contribuição para o estado dessa coluna), Bilbao! Meu deus… aquela festa de 500 mil pessoas na rua a beber jola como se não houvesse amanhã…

Enfim, pequenos grandes momentos de uma amizade com cerca de 12 anos…

Espero que no futuro a nossa amizade permaneça para podermos contar histórias e mais histórias aos nossos filhos e netos…

Beijo grande do Paulão, Paulon, da Pipoca e uma grande lambidela do Xico!
Nós não conhecemos a Joana desde miúda, mas não foi preciso. Os poucos anos que convivemos foram suficientes para criarmos os fortes laços que hoje nos unem.

Quando entrou para o escritório, achámos que era mais “UMA” para nos chatear, mas não, a Joana é uma daquelas pessoas que tem um efeito “click”! é impossível não colaborar, não ajudar, não apoiar, enfim é impossível não gostar da Joana.

Crescemos juntos, unimos forças, tornámo-nos uma equipa sólida, forte, dinâmica e alegre. Passámos alguns momentos menos bons, outros fantásticos e durante algum tempo achámos que conseguiríamos vencer as adversidades. Eis senão quando.... roubaram-nos a nossa Joana!

Lá se foi a equipa, a alegria, as canções da Floribela (cantadas em plena desgarrada no nosso cantinho outrora feliz), para não falar nos solos de José Cid, os espirros altamente sonoros (posteriormente alvos de e-mail sobre “redução de barulho”), as gargalhadas contagiantes (que saudades!), as cusquices partilhadas, os humores negros logo pela manhã depois de mais uma noitada (e do meu papel de menina do despertar), as histórias arrepiantes / hilariantes, (que certamente todos conhecem) das amigas rastejantes (as 4 baratas “aterrorizadoras”).

Enfim......, lá se foi o espírito da equipa!

Já vimos entrar e sair muita gente, no entanto nunca a saída de alguém nos deixou tão “perdidos”.
Temos saudades!!!
Temos saudades da exuberância, da simpatia, do companheirismo e até das exclamações!! - “que cena marada”; “tá a gozar”, “ó pá, eu mereço” ;“ó pá, eu não mereço” o tal de “mito urbano”, etc. etc.

Um grande beijo de parabéns para a Joana, jdb, jodru, joaninha e até Dr.ª jdb!

Da equipa esfarrapada

Cristina, Leonor e Mário

Chavalita,

Pois é, 30 anos!!!!! Muito muito estranho!!! É uma sensação muito estranha, pois olho para ti e nem acredito que tens 30. Bem, na realidade olho para mim e não acredito que tenho 33!!!!

Para mim continuas com a mesma cara de pita quando tinhas 6, 8, 10, 14 e 20 anos. A verdade é que muita coisa mudou, estás uma “gaja grande”, adulta e independente!

Estive a ler os comentários neste blog e faz-me recordar coisas que nem me lembrava de todo. A história dos piolhos, da super mulher e das atrocidades que fazias aos avós e má aluna que eras, enquanto eu e o Marcos éramos quase meninos do coro!!

Assisti e vivi muito contigo (como seria de esperar entre irmãos), coisas boas e coisas más, mas no meio de tanta guerra, discussão e “porradaria” entre nós, acho que estamos mais próximos e amigos que nunca!!

No meio de tanta confusão na nossa vida, e dispenso de estar aqui a referir o que quer que seja porque tu sabes bem o que foi a nossa adolescência, acho que crescemos bem, formámo-nos, adquirimos a nossa independência e hoje temos a vida orientada. Claro que tu como advogada e “ministra” estás um pouco melhor, mas fizeste por isso e tens todo o mérito de chegar aos TRINTA com o sucesso enorme que tens e que eu como irmão mais velho admiro e me orgulho!!

Como sabes não tenho muito jeito para escrever este tipo de coisas, mas no fundo só te quero dizer que te adoro e que estarei sempre lá para ti, mesmo daqui a 30 anos quando já estiveres velha relha e andares de bengala!!!

PARABÉNS MANA!!!!!!!!!!!!!!!!!

Uma carta à minha querida Joana


Querida Filha,

Sempre tudo tão calmo ao longo do tempo e, de repente, uma noite de desconforto, mal-estar. Não tinhas posição!

Pela manhã, mais do que já vinha sendo hábito, toca a espetares os pés e empurrar, empurrar, empurrar!

Com as festinhas do costume lá te acalmavas por um pouco, mas depois... Depois recomeçava tudo e toca a espernear.

Acabo por me levantar, são quase 10 horas. Pelas 11 horas fazes-te definitivamente anunciar. E aí decido que é melhor ir ver o que se passa, o que é que tu tens, porque estás tão inquieta.

E lá vamos as duas, rua acima. Eu e tu, aninhada na minha barriga qual bola de râguebi.

Quando chegamos anunciam-me que tu estás a bater à porta, que queres sair e entrar neste mundo.
Como tal, temos de ficar ali. Já não nos querem deixar ir a lado nenhum.

Não podia ser, não tínhamos nada connosco. E lá fomos de volta ao trinta e oito, quinto direito. Pegámos no saco e a Avó Samaritana veio connosco.

Com tudo isto já era meio-dia e meia. Até às duas da tarde estivémos muito bem as duas, eu a ler e tu a cabecear um bocadinho.

Às tantas começa a dar-te a pressa, começa tudo a acelerar e num repente, zás trás pás, tudo se tinha de resolver.

E resolveu!

Nasceste às 16,30 horas em ponto, do dia 07 de Setembro de 1977, com 3,300 kg, no Hospital Particular de Lisboa, um pouco mais abaixo do trinta e oito, quinto direito. Exactamente no dia em que o médico tinha definido como "o fim do tempo".

Apressada, numa correria, mas exactamente no tempo.

Quase não deste tempo de chegarmos à sala de partos.

Eras linda! É mesmo verdade, não são os olhos e o coração cegos pelo amor de Mãe.
Há várias testemunhas, umas aqui, outras a verem-te lá do Alto cheias de orgulho e vaidade. Quanto os teus Avós e o tio Manel estarão babados e a olhar por ti em conjunto com o teu Anjo da Guarda.

Eras um bébé diferente dos outros. A cabeça e a cara muito redondinhas, o nariz muito perfeitinho, as bochechas rosadas, a boquinha muito bem desenhada e uma farta cabeleira preta, com um tufo de cabelos espetados no cucuruto que não se deixavam domar com nada, rechonchuda q.b.

Quando te deitaram no meu peito, quanto emoção, quanta felicidade, quanta responsabilidade!

Parecias uma boneca de porcelana, desenhada na perfeição!

Logo depois do teu choro a anunciares a tua chegada, colocaram-te o teu primeiro adereço, a tua primeira bijuteria. Uma pulseira em cor de rosa no pulso direito.

Foste sempre coquette!

Também emitiram o teu primeiro documento de identificação, com a capa em cor de rosa.




Chegaste tão de repente, com tanta pressa, que não deste tempo ao médico de chegar.

Ainda hoje és assim. Esticas o tempo até ao último instante, sempre a atrasar-te. Depois... uhm, depois sais porta fora de cabelo molhado, a apertar as botas, a enfiar a camisola, enquanto desces no elevador. E que ninguém se atreva a atravessar-se no teu caminho pois o teu humor matinal tem, quase sempre, que se lhe diga.

Lá fora esperavam-te a Avó Samaritana, numa nervoseira porque só lhe levaram a neta e a filha nunca mais saía da sala de partos, a tia Lena - que viria a ser a tua Madrinha (com o namorado) e o tio Zé António com a tia Marion - que se casavam daí por três dias - e que viria a ser o teu Padrinho.

Todos extasiados de roda da menina.

Mais à noite chegou o teu Pai, embasbacado a olhar para a sua menina. Eras a primeira da família Oliveira Amado. Mas disso será o teu Pai a falar-te.

No dia seguinte, veio o teu irmão. O Nuno. Estava pasmado a olhar para a mana.

- Oh Mãe ela é tão pequenina! Posso ver (tradução mexer)?

E lá se deitou na minha cama de hospital contigo ao lado.

Dias depois ajudava a tratar de ti.
Queria dar-te o biberão, ajudar a dar-te banho, mudar-te a fralda.
Meses depois deixava que tu lhe batesses, puxassses os cabelos, sempre dizendo: Oh Mãe mas a mana é mais pequenina.
Até ao dia em que, depois de espevitado, deixou de aceitar as tuas tropelias.

O resto? Bem o resto é longo, mas já tu te lembrarás de muitas peripécias, choros de alegria e tristeza, euforias, ranger de dentes, medição de forças. Nem sempre fácil é verdade, mas sempre valendo a pena.

Quantas histórias!

Minha querida filha, desejo que um dia (não muito distante porque já estás trintona) sintas a mesma emoção, única e insubstituível, a mesma alegria, o mesmo amor que eu senti - e sinto - quando nasceste. A alegria de ser Mãe.

Parece que foi ontem e passaram 30 anos!

Que a vida, com a benção de Deus e a protecção de Nossa Senhora, te cumule de muitas dádivas.

Que a estrada da vida, com as suas agruras e pedras no caminho, te seja leve.

Que saibas perdoar, aceitar, dar, receber, partilhar, rir e chorar. Só assim faz sentido. Só assim poderás amar cada vez mais e melhor, a ti e ao próximo, nunca esquecendo que "O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta -. in Carta de S. Paulo aos Coríntios."

Que saibas, bem no fundo do teu coração, que aqui encontrarás sempre um porto de abrigo.

Espero estar à altura. espero continuar a crescer e ser uma mãe cada vez melhor.

Voltaria a dar-te a Vida!

Obrigada por seres minha Filha!

Com muito amor
Mãe
Lisboa, 07 de Setembro de 2007







Priminha
Lamentamos muito não estarmos presentes...
Mas outros compromissos já estavam assumidos.
Desfruta de tudo e de todos, que bem mereces....
Até Breve
Joana, Catarina, Ana e João