segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Trinta e oito, quinto direito

Quando eu era pequeno, o Nuno e a Joana eram os meus primos mais chegados.
Apesar de a Joana ser praticamente de outra geração (eu tinha 9 anos, e ela
só 8!) e uma menina (miudas, que nojo!) nós fingíamos que gostavamos dela
à mesma para ela não se sentir mal, coitadinha.

Talvez incentivada pela revolta de ser rapariga e obviamente muito mais
nova que nós, a Joana era – de longe - a mais mal-comportada.
Queria sempre fazer partidas às empregadas, enconder coisas, fazer
corridas, jogar à bola no corredor, construir foguetes, arreliar o avô e a
avó, fazer mal aos gatos vadios e esconder o troco da padaria para gastar
tudo em cromos na tabacaria do Xavier.

Eu e o Nuno, enquanto fazíamos os deveres da escola (cincos e
"satisfaz-bem" a tudo!), bem lhe dizíamos para ela se portar bem e ser uma
criança atinada. Como nós os 2, claro!

Mas ela não nos ligava nenhuma.
E depois, por causa dela, ficávamos todos de castigo.
Irra, que injustiça!

Parabéns priminha por fazeres 30 anos. Aposto que não
me apanhas!

Marcos

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